sexta-feira, 3 de julho de 2009

Reformas

Reformados transmontanos recebem menos




Valor da pensão é metade daquele

que é pago, em média, na capital



Os reformados de Bragança recebem, em média, um valor de pensão que é metade daquele que é pago em Lisboa. Mas a situação é ainda mais grave para as mulheres que recebem, em média, menos 13 euros que os homens. Segundo dados da Segurança Social, avançados pelo Jornal de Notícias (JN), a pensão média paga em Bragança ronda os 272 euros, enquanto que em Lisboa ronda os 504 euros.Também Vila Real surge como um dos concelhos onde as reformas pagas aos idosos são mais baixas, com pensões inferiores ao salário mínimo nacional. Segundo o JN, os valores obtidos são uma média para cada concelho que podem indicar que em Bragança há “reformas milionárias”, enquanto que em Lisboa haverá quem ganhe a pensão social. Aquele jornal aponta ainda que a qualidade de vida existente no interior, bem como a ainda forte rede de vizinhos, amigos e família, fazem com que, apesar dos baixos valores das reformas, os idosos, no distrito de Bragança, dificilmente passarão por situações de pobreza, abandono ou miséria extrema.



In Mensageiro de Bragança, 3 de Julho de 2009

2 comentários:

Fátima Pereira Stocker disse...

Céu

A notícia é triste porque reveladora de assimetrias profundas dentro do nosso País. Estou em crer que a realidade de Bragança será semelhante à de todo o interior e é tudo muito triste. Creio, no entanto, que existe uma explicação (que, não justificando, ajuda a compreender) para o fenómeno: trata-se, essencialmente, de pensões rurais que são, em regra, mais baixas do que as outras, porque quem as recebe não teve uma carreira contibutiva para a segurança social.

Apesar da tristeza que se sente com a leitura da notícia, a verdade é que os 270 euros na aldeia rendem mais do que os 500 da cidade. Na aldeia há sempre a horta e o galinheiro, enquanto que na cidade só há a mercearia e o talho onde os preços são proibitivos para quem só conta com aquele rendimento.

Beijos

Céu disse...

Fátima

Também estou de acordo contigo, penso que a explicação é mesmo essa. A carreira contributiva é sem dúvida para a maior parte, mínima e muito baixa.
No entanto, penso não exisitir a pobreza que existe nos meios grandes, porque têm melhores condições de vida.
Bjs
Céu