Os habitantes mais velhos de Rebordainhos têm bem vincado na
memória aquele dia em que as ruas se engalanavam e o prado se transformava em
local de culto. Para tal, aí era, ano após ano, improvisado um altar onde o Sr.
padre proferia uma ou mais orações.
O passar dos anos levou a que essa tradição do altar no
prado se fosse perdendo e, nos dias de hoje tal já não acontece. As ruas
continuam a ser bem limpas e ornamentadas para dar passagem à procissão do
Corpo de Deus. E este ano não foi exceção.
A Associação Social, Cultural e Recreativa de Rebordainhos
associou-se a esta comemoração. Nas atividade que têm vindo a ser desenvolvidas
elaboraram-se flores de papel que, em conjunto com as naturais serviram para
ornamentar as ruas. Como exemplos podem observar o cálice que foi colocado na
fachada da igreja e os ramos de árvores enfeitados que aparecem nos portões do
adro e noutros locais da aldeia.
Mais um ano se passou sem que o prado albergasse o altar.
Mas, como somos persistentes, continuaremos a manifestar a vontade de
retomarmos essa tradição.
Porque entendemos ser merecido, não queremos terminar sem
antes manifestarmos o nosso mais profundo agradecimento a quem tem colaborado
na preservação destas tradições.
O texto foi escrito pela Augusta Mata, as fotografias são minhas (Lurdes)
7 comentários:
Lurdes:
Obrigada por teres publicado. As fotografias estão muito boas e revelam bem o empenho das pessoas. Aliás, o empenho no retomar desta tradição está também bem visível nas colchas que voltaram a ser estendidas nas varandas e janelas. Com muita pena minha não pude estar presente, mas a tua publicação permitiu ver como o trabalho desenvolvido pelas senhoras na manufatura das flores de papel ficou muito bem enquadrado. Um agradecimento especial para aquelas que tanto empenho revelaram.
Beijo
Lurdes e Augusta
Muito obrigada: texto e imagens complementam-se bem e mostram, de facto, a dedicação e o carinho com que tudo é feito, particularmente, nesta festa do Corpo de Deus que a Igreja portuguesa, tristemente, aceitou incluir na lista de dias santos a abater.
Tenho a certeza de que todas as mulheres que fizeram as flores sentiram uma alegria maior este ano e, honra lhes seja, trabalharam muito e bem.
Estarei enganada,ou percurso da procissão trouxe uma novidade este ano? Não era costume passar pelas casas da tia Isabel e do Gilberto, pois não?
Beijos
Infelizmente não pude estar presente, mas pelas fotos que vejo, foi dado um colorido diferente à nossa querida aldeia.
Mais uma vez podemos comprovar que com o empenho e colaboração de todos tudo se consegue.
Muitos parabéns a todos quanto ajudaram na preservação desta tradição, e claro às repórteres, que nos permitiram desfrutar destas belas imagens...
Beijos
Redondamente enganada!Então por onde é que é o trajeto da procissão?Não sai da igreja em direção à chabe, sobe a rua da casa Américo e António Julio, direito ao cubelo passando pela porta da Delfina, Tição, Alfredo Guerra e Carlos Chiote?Já não conhecem as estebas!
Anónimo
Observei mal a antepenúltima fotografia e depois não corrigi o engano. Não sei o que me deu, parecia-me que a casa do Gilberto estava à esquerda quando, obviamente, está de frente. Daí a minha estranheza porque, a estar à esquerda, implicaria percurso diferente.
O meu erro foi de má interpretação da fotografia. O seu erro foi de má leitura daquilo que escrevi. Errámos os dois, a diferença é que lhe não respondo com os mesmos modos!
Passe bem
Fátima:
Os erros fazem-nos bem. Na minha última visita a Rebordainhos fiz esse trajeto e quase não reconhecia a nossa terra.
Tenho uma surpresa para ti, mas como deixei de ter o meu anterior mail não sei se recebeste a minha mensagem do novo mail, para te poder dar essa descoberta.
Aguardo
Filinto
Filinto
Percorri a caixa de correio pessoal e a do blog (spam incluído) e não encontrei mensagem recente tua.
Faz-me o favor de encaminhar a mensagem para o endereço do blog. Depois de a receber lá, escrevo-te do pessoal. Assim não deve haver erro.
O e-mail do blog:
blog.rebordainhos@gmail.com
Beijos e obrigada por teres dito alguma coisa
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