quarta-feira, 23 de junho de 2010

CONTAS 2009 e PLANO DE ACÇÃO 2010

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Reunião Ordinária

ASCRR – Associação Social, Cultural e Recreativa de Rebordaínhos
Assembleia Geral


Acta nº 1/2010

Aos vinte e um dias do mês de Março de dois mil e dez, pelas quinze horas, em segunda convocatória, na sua sede em Rebordaínhos e estando presentes quinze associados, reuniu a Assembleia Geral da ASCRR – Associação Social, Cultural e Recreativa de Rebordaínhos, em Sessão Ordinária, com a seguinte Ordem de Trabalhos:
1- Informações;
2- Discussão e deliberação sobre as seguintes propostas da Direcção:
2.1- Plano de Acção para 2010;
2.2- Orçamento para 2010;
3- Outros assuntos.
Par iniciar os trabalhos e por ausência dos Secretários da mesa, a Assembleia elegeu para o seu lugar os associados António Vaz Pereira e Orlando Fernandes.
A Direcção solicitou à Assembleia Geral uma alteração à Ordem de Trabalhos, acrescentando um novo Ponto três – Conta de Gerência de 2009 e passando o actual ponto Três – Outros Assuntos para Ponto quatro, o que foi aprovado por unanimidade.
Deliberações:
Ponto um: a Direcção informou os associados presentes acerca dos contactos havidos com o CLAS – Conselho Local de Acção Social do concelho de Bragança; a ASCRR apresentou candidatura para funcionar com três valências (Centro de Dia, Apoio Domiciliário e Refeitório Social) mas só nos foi deferida uma, a do Apoio Domiciliário, o que não invalida a possibilidade desta Associação poder vir a recandidatar-se às valências indeferidas, caso o julgue pertinente e útil.
Informou também que o Apoio Domiciliário consiste em prestar serviços de higiene pessoal e habitacional, confeccionar e distribuir as refeições aos utentes que se queiram inscrever nessa valência, devendo estes comparticipar de acordo com tabela a elaborar pela Direcção e obedecendo às normas da Segurança Social
Ponto dois: Propostas da Direcção:
Ponto dois um: A Direcção apresentou a sua proposta de Plano de Acção para dois mil e dez que prevê Acções de carácter Social no montante de € 45 000.00 (quarenta e cinco mil euros), principalmente a elaboração do projecto de adaptação do edifício da Escola a Centro de apoio Domiciliário e arranque das obras, Acções de índole Cultural no montante de € 2 500.00 (dois mil e quinhentos euros), Acções de índole recreativa no montante de € 2 500.00 (dois mil e quinhentos euros) e Acções Organizativas no montante de € 1 000.00 (mil euros). Depois de analisada foi esta proposta aprovada por unanimidade.
Ponto dois dois: a Direcção apresentou a sua proposta de Orçamento para dois mil e dez, que tem um valor de cinquenta e um mil euros, quer nas receitas quer nas despesas. As receitas previstas são as seguintes:
Jóias de inscrição de Associados – € 500.00 (quinhentos euros);
Quotas dos associados – € 2 000.00 (dois mil euros);
Donativos individuais – € 21 000.00 (vinte e um mil euros);
Apoio da Junta de Freguesia – € 2 500.00 (dois mil e quinhentos euros);
Apoio da Câmara Municipal – € 10 000.00 (dez mil euros);
Apoio da Segurança Social – € 15 000.00 (quinze mil euros).
As despesas previstas são as já descritas no ponto dois um.
Depois de analisada foi esta proposta aprovada por unanimidade.
Ponto três : Para evitar a convocatória de uma nova Assembleia Geral já no próximo mês de Abril a Direcção apresentou as contas da gerência do ano de dois mil e nove que são as seguintes:
O Saldo transitado do ano anterior (2008) foi de € 1197.83 (mil cento e noventa e sete euros e oitenta e três cêntimos;
As receitas do ano (2009) foram de € 1685.60 (mil seiscentos e oitenta e cinco euros e sessenta cêntimos);
As despesas do ano (2009) foram de € 210.07 (duzentos e dez euros e sete cêntimos);
O Saldo do ano (2009) foi de € 1475.53 (mil quatrocentos e setenta e cinco euros e cinquenta e três cêntimos);
O Saldo acumulado e que transita para o ano seguinte (2010) é de € 2 673.36 (dois mil seiscentos e setenta e três euros e trinta e seis cêntimos) e está depositado na conta bancária aberta em nome da Associação, na Caixa Geral de Depósitos de Bragança, com o seguinte NIB 0035 0174 00073839 630 48.
De referir que, mensalmente, estão a ser debitados € 10.00 (dez euros) na atrás referida conta da Associação para pagamento do contrato de fornecimento de electricidade por parte da EDP.
Dado que as contas apresentam números pouco significativos ou seja, de reduzido montante, a Assembleia dispensou o parecer escrito do Conselho Fiscal, tendo este validado oralmente as contas apresentadas pela Direcção.
Depois de analisadas foram as contas aprovadas por unanimidade.
No Ponto quatro – Outros assuntos, a Direcção informou os presentes que a ASCRR naquele momento tinha já cento e sessenta e quatro associados, havendo no entanto um número significativo deles que nunca pagou as quotas.
Um dos associados presentes mencionou que uma fonte de revitalização da Associação a nível cultural seria elaborar uma pesquisa das tradições da nossa terra que estão um pouco perdidas como, por exemplo, o Cantar dos Reis, os Jogos Populares e a arruada, e a nível desportivo promover torneios de futebol, sueca e outros.
Nada mais havendo a tratar, deu-se a reunião por terminada, cerca das dezassete horas, e dela se lavrou a presente acta que depois de lida vai ser assinada nos termos da lei.
O Presidente __________________________________________________________________
O Primeiro Secretário ___________________________________________________________
O Segundo Secretário ___________________________________________________________

domingo, 6 de junho de 2010

Artigo publicado no Mensageiro de Bragança

Recordando o que as raparigas já não sabem



Processo de “escarramiça” Ciclo da lã, como era até quase ao final do século passado, foi recriado em Agrochão. Para as moças, a parte da “escarramiça” era a mais motivadora, porque, no fim, havia baile, ao som do realejo. Hoje, as raparigas, as poucas que ainda há nas
Tempos houve, ainda no final do século passado, em que era comum encontrar mulheres, nas aldeias, a fiar com fuso e roca, à porta de casa, ou enquanto guardavam vacas, cabras, ou ovelhas. Era um trabalho necessário à vida nas aldeias, que raparigas aprendiam a fazer com as mães, ou avós, quando era ainda muito novas. Com o fio faziam meias, indispensáveis nos invernos rigorosos da região, que se usavam com socos de pau. Assim, toda a mulher tinha que saber tratar a lã, fazer meios e camisolas e, algumas, também tecer. Esse tempo passou, mas há ainda quem o queira lembrar, porque afinal não era só trabalho pesado, era uma forma de vida, com as suas alegrias e tristezas; forma de vida extinta, só lembrada por quem ainda a recorda. Para recordar esse tempo, a Câmara Municipal de Vinhais, em conjunto com várias associações do concelho, está a organizar a recriação de vários ciclos produtivos que já não existem. A iniciativa teve início em Agrochão, com da Associação Cultural, Recreativa e Desportiva Local, que tratou de recriar o ciclo da lã. Maria da Graça Afonso, organizadora do evento por parte desta Associação, explicou-nos que tudo começava na tosquia. Depois era necessário lavar a lã, em água bem quente, para tirar a sujidade acumulada pelo do animal, ao longo de um ano. Após lavada era estendida e bem esticada, para depois ser mais fácil “escarramiçá-la”. A palavra usada por terras de Vinhais, ou outras, não foi consagrada no dicionário oficial português. Segundo Maria da Graça Afonso, existe no catalão a palavra “escarramicar” e em aragonês “escarramizar”, com signigicados relativamente semelhantes. Aplicada ao ciclo da lã, em terras de Vinhais, “escarramiçar” é separar bem o fios, de modo a que a lã fique fofa e seja mais fácil fiá-la. Este era em Agrochão, pelo menos, um momento de festa. As raparigas, convidadas pela dona da lã, prontificavam-se a ajudar. Durante o trabalho cantavam canções. No final comiam-se figos e nozes e havia baile, ao som do realejo. “Juntavam-se principalmente as moças novas, convidadas pela dona da lã. Elas gostavam de estar, porque sabia que a seguir à “escarramiça” havia baile”. Note-se que, os bailes de antigamente, eram muito importantes, porque era aí que as raparigas podiam encontrar pretendentes para possível casamento. “Ainda me lembro das “escarramiças”, de ir ao baile e comer os figos e as nozes”, recordou Maria da Graça. Depois da “escarramiçada” a lã era fiada, com fuso e roca. Maria da Graça aprendeu com 12 anos, como muitas outras raparigas. Fazia-se uma “manela”(uma espécie de molho de lã alongado) que era colocada na roca e depois fiada com os dedos e enrolada no fuso onde a “massaroca” (chamada assim pela semelhança que tinha com a verdadeira massaroca do milho) ia crescendo. A fiadeira puxava um bocadinho da lã, que se alongava, formado um fio e torcido com o fuso, que rodava com a outra mão. Depois, a massaroca era dobrada em dois fios que eram torcidos um com o outro, para ficar com um fio suficientemente consistente para se fazerem camisolas ou meias. “Antigamente fazia-se muito. As famílias andavam com meias feitas de lã de ovelha, camisolas e xaile para as mulheres”. Se o objectivo era tecer a lã havia então outro processo, em que era feito um fio mais grosso, que iria passar depois pela urdidura. Do trabalho de tecelagem, Maria da Graça sublinhou que o mais difícil é fazer a teia, a urdidura, que serviria depois como molde para o fio que passa de um lado ao outro, até a peça pretendida estar completa. “Como dizemos, num tear aparelhado tece um burro albardado”, comentou, ao referir-se a esse trabalho de fazer a teia para tecer depois. Tecida a peça, pode ainda ser cardada, para ficar mais fofa, se assim se pretender. Havia um outro produto, feito em lã, que hoje não existe. Era o tecido de burel, em que a urdidura era feita com lã e a tecelagem também. Hoje usa-se apenas o algodão para fazer a urdidura. Essa lã para urdir era resultante da fiação. O tecido resultante, totalmente em lã, o chamado burel, era usado para fazer saias para as senhoras e mantas para os segadores. É que, nesse tempo, os trabalhadores à jorna, que vinham fazer as cegadas, no tempo delas, dormiam no palheiro e era costume, os donos da casa, darem-lhe uma manta de burel para dormir. Esses tecido, que fruto de lavagens e outros processos ficava extremamente duro era também impermeável e muitos pastores usavam-no em capas, durante o inverno, para não se molharem. O tecido tinha que ir sempre ao pisão que era um instrumento feito por homens e funcionava com água corrente. Nesse instrumento o tecido molhado era pisado com malhos de madeira para ficar mais macio. Isso era muito importante, sobretudo quando era para fazer as saias das senhoras. Não indo ao pisão, “ficavam-lhe as pernas vermelhas”, ao usarem aquelas saias de lã. Também Teresa, Armandina, Noémia, Ana e uma outra Ana, de Vilar de Lomba, se recordam desses tempos. Todas aprenderam o processo de tratar a lã com a mãe ou as avós. Já não foi precioso ensinarem aos filhos, nem aos netos, como se faz, porque dizem, agora “compra-se tudo feito. Antes, “todas as raparigas fiavam. Era obrigatório”, contou-nos uma. Outra confessou que o marido ainda usa meias de lã, no Inverno, por serem quentes, mas alguém disse que os filhos já não as querem “porque picam”, ou o marido não as usa, por serem demasiado quentes e já não se calçarem com os socos de antes, que deixavam sempre passar algum ar. Nesse outra aldeia, Vilar de Lomba, chegou a haver mais de cinco teares. Hoje não há nenhum. Dirce Loução, técnica do projecto Contrato Local de Desenvolvimento Social de Vinhais, no âmbito do qual estas recriações de antigos trabalhos estão a ser feitas, referiu que o objectivo é lembrar tradições, mas também fomentar o convívio entre as pessoas; um convívio que antes de fazia, mais voluntariamente, pela necessidade do realizar, muitas vezes, trabalho em conjunto. Depois desta premira actividade, realizar-se-á a recriação do ciclo da telha, em Romariz, do pão, em Santalha, do trabalho de ferreiro, em Vilar de Lomba e o artesanato em madeira em Vila Boa. Estas actividades vão decorrer até Setembro, nas várias aldeias, com a colaboração das associações locais.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Falecimento da Senhora Aurora

A Direcção da ASCRR aprensenta sentidas condolências a todos os familiares da Senhora Aurora Pereira, falecida ontem, dia 2 do corrente mês, em especial a seus filhos e netos.
Que a sua alma descanse em paz.

A Direcção

terça-feira, 1 de junho de 2010

Parabéns







Muitos parabéns a todos os associados cujo aniversário ocorre neste mês de Junho, são os votos da Direcção da ASCRR.









Vítor Alexandre Martins
Vítor Amaro Fernandes
Maria Elvira Alves
Esperança Ferreira
Maria da Glória Alves Pereira
Fernando Caminha
Jacinta de Jesus Martins
Maria Emília Pereira
Francisco António Martins
José Jorge Martins
António Pires
Nuno Álvaro Vaz
Julieta Maria Martins
Maria Antónia Gonçalves Pires
António Braz Pereira