Os habitantes mais velhos de Rebordainhos têm bem vincado na
memória aquele dia em que as ruas se engalanavam e o prado se transformava em
local de culto. Para tal, aí era, ano após ano, improvisado um altar onde o Sr.
padre proferia uma ou mais orações.
O passar dos anos levou a que essa tradição do altar no
prado se fosse perdendo e, nos dias de hoje tal já não acontece. As ruas
continuam a ser bem limpas e ornamentadas para dar passagem à procissão do
Corpo de Deus. E este ano não foi exceção.
A Associação Social, Cultural e Recreativa de Rebordainhos
associou-se a esta comemoração. Nas atividade que têm vindo a ser desenvolvidas
elaboraram-se flores de papel que, em conjunto com as naturais serviram para
ornamentar as ruas. Como exemplos podem observar o cálice que foi colocado na
fachada da igreja e os ramos de árvores enfeitados que aparecem nos portões do
adro e noutros locais da aldeia.
Mais um ano se passou sem que o prado albergasse o altar.
Mas, como somos persistentes, continuaremos a manifestar a vontade de
retomarmos essa tradição.
Porque entendemos ser merecido, não queremos terminar sem
antes manifestarmos o nosso mais profundo agradecimento a quem tem colaborado
na preservação destas tradições.
O texto foi escrito pela Augusta Mata, as fotografias são minhas (Lurdes)